O Apóstolo Tomé
O Evangelho de João dá-nos um quadro mais completo do discípulo chamado Tomé do que o que recebemos dos Sinóticos ou do livro de Atos. João diz-nos que ele também era chamado Dídimo (Jo 20.24). A palavra grega para "gêmeos" assim como a palavra hebraica t'hom significa "gêmeo". A Vulgata Latina empregava Dídimo como nome próprio pela qual o apóstolo também era chamado (Jo 11.16, 20.24, 21.2). Sua eleição apostólica também está registrada nas passagens sínópticas de Mt 10 e paralelas.
Não sabemos com absoluta certeza quem pode ter sido Tomé, nem sabemos coisa alguma a respeito do passado de sua família ou de como exatamente ele foi convidado para unir-se ao Senhor.
Sabemos, contudo, que ele juntou-se a seis outros discípulos que voltaram aos barcos de pesca depois que Jesus foi crucificado (Jo 21.2-3). Isso sugere que ele pode ter aprendido a profissão de pescador quando jovem.
Tomé era de mentalidade lógica, era leal, porém, acreditava demais em si mesmo, na sua suposta sapiência; sua fé precisava de lógica para crer; estava sempre pedindo provas e isso lhe valeu por uma dura critica por parte do Cristo:
"(...) Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos
cravos, e ali não puser o meu dedo, e não puser a minha mão no seu lado, de
modo algum acreditarei."
Jo 20.25
Oito dias após a primeira aparição (Jo 20.26), Jesus
torna a manifestar-se aos Seus ainda temerosos aprendizes. Na ocasião, Tomé
foi, por fim, confrontado com a amargura de sua descrença. João registra a
admoestação da qual foi alvo o apóstolo, não omitindo a ênfase com que o Senhor
repudia semelhante disposição (To 20.26,29):
"E logo disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê
as minhas mãos; chega também a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas
incrédulo, mas crente.
(...)
Porque me viste creste? Bem-aventurados os que não
viram e creram."
As freqüentes alusões a Tomé, da parte de João, podem ser um sinal de que o evangelista o conhecia anteriormente ao discipulado, já que ambos eram procedentes do mesmo lugar (embora algumas tradições apontem Antioquia da Síria como lugar de origem de Tomé). A passagem de Jo 21.1-4, onde o vemos pescando no Mar da Galiléia, em companhia de Pedro, Natanael e dos filhos de Zebedeu, durante a terceira aparição do Cristo ressurreto, sugere que Tomé também exercia esse ofício, tradicional dos moradores daquela região. Diante dessas circunstâncias, torna-se justificável pressupor a existência de uma amizade entre Tomé e João, anterior a vocação de ambos apóstolos.
Historicamente falando, sabe-se mais acerca de Tomé
do que de qualquer dos demais discípulos, excetuados Pedro e João. São tão
numerosas quanto variadas as tradições que relatam suas campanhas missionárias
pelo mundo do primeiro século.
Constam das regiões tradicionalmente visitadas por Tomé a Babilônia, a Pérsia, a Média, a misteriosa Etiópia asiática, a China e, sobretudo, a exótica índia, cujo cristianismo deve suas origens à determinação evangelística do apóstolo.
A cristianização da índia por Tomé — ou Judas Tomé, como alguns historiadores o chamam — é atestada por manuscritos antigos como O Ensino dos Apóstolos (Didascalia Apostolorum), composto entre o fim do segundo e início do terceiro século.
Em 378 A.D., o monge e escritor Jerônimo de Belém, ao comentar a maravilhosa propagação do cristianismo a partir do período apostólico, não deixa dúvidas de que a índia estava inserida nas principais rotas missionárias dos primeiros séculos.
Eusébio, famoso historiador cristão do quarto
século, baseado em fonte não revelada, deixou registrado que o verdadeiro nome
deTomé era Judas, embora se desconheça a origem e, portanto, se questione a
consistência dessa informação, não é de todo improvável que o termo Tomé
realmente significasse o sobrenome do apóstolo, enquanto Dídimo a forma
gentílica pela qual era tratado, já que o grego era popularmente utilizado na
Galiléia. Temos ainda a possibilidade de que Judas fosse seu nome original e
Tomé seu nome de discipulado, como vemos ocorrer nos casos de Pedro e Mateus
(conf. Mt 16.18 e Mc 3.17).
Estimuladas pelo significado do nome Dídimo, muitas tradições surgiram na tentativa de identificar o suposto irmão (ou irmã) gêmeo de Tomé. Dentre as muitas lendas preservadas pelos séculos, destaca-se a que menciona uma certa Lídia, como sua irmã gêmea. Outra, particularmente improvável, propõe a associação de Tomé ao personagem Judas citado em Mt 13.55 - um dos quatro irmãos do Senhor! A impropriedade teológica dessa sugestão reside no ato de que, segundo as Escrituras, nenhum dos irmãos sangüíneos de Jesus creu nEle antes de Sua morte e ressurreição, como vemos em Jo 7.5.
Sobre sua morte há muitas versões contraditórias que
não nos permite chegar a uma conclusão satisfatória.
Por: Assembléia Teológica Busk Bíblia
Fontes: Biblical Archaeology Society ; Free E-books ; Bíblia Almeida Fiel e Corrigida ; Arqueologia Bíblica Criacionisco.Com.br;
SOBRE O APÓSTOLO JUDAS ISCARIOTES
Por: Assembléia Teológica Busk Bíblia
Fontes: Biblical Archaeology Society ; Free E-books ; Bíblia Almeida Fiel e Corrigida ; Arqueologia Bíblica Criacionisco.Com.br;
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