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Diário de Anne Frank” em PDF. É só clicar na imagem do livro.
Na Holanda e em toda a Europa ocupada os nazistas
pagavam informantes para mostras os esconderijos de judeus. No começo pagavam
7,5 florins por cada judeu entregue. Depois subiu para 40 florins. Era um
trabalho bem pago perseguir judeus.
No final da guerra, a maioria dos judeus estava
escondida ou já haviam sido levados. Havia um grupo chamado “Heneike Kommando”
que perseguiu judeus e crianças judias por toda a parte até o final da guerra.
Diante do perigo constante e real de serem
descobertos ou traídos, Anne combateu o desespero continuando a desenvolver o
seu espírito:
“Já me senti triste, mas nunca
desesperada. Considero viver escondida uma aventura interessante, cheia de
perigos e romantismo. Cada privação é um acréscimo divertido para o meu diário.
Decidi viver de modo diferente das outras meninas. Passar por isso é um bom
começo para uma vida interessante.” Anne Frank.
Anne se consolava espiando a nogueira
que havia atrás do anexo e ouvindo os sons provenientes de uma igreja
vizinha.
Os sinos
tocavam a cada quinze minutos. Isso a tranquilizava. Sabia exatamente que horas
eram. Anne adorava os sinos.
A primeira vez que ela viu Peter van Pels no Anexo Secreto, Anne escreve em seu diário:
“Peter van Pels chegou as nove e meia da manhã (enquanto
ainda estávamos tomando café). Peter vai fazer dezesseis anos, é um garoto
tímido e desajeitado cuja companhia não vai contar muito. O Sr. e a Sra. van
Pels chegaram meia hora depois.” Anne Frank.
Enquanto os meses no Anexo se
arrastavam formando um ano e depois dois, Anne conseguiu até começar um romance
com o único rapaz do Anexo, Peter van Pels. Anne começou a passar horas com ele
no sótão. Enquanto contemplava a nogueira, o amor entre eles nasceu e Anne foi
beijada pela primeira vez.
Na página 241 do livro “O Diário de Anne Frank”
Anne explica como está sua relação com Peter:
"As coisas estão ficando cada dia mais loucas. Peter
não me procura desde ontem. Age como se estivesse com raiva de mim. Estou me
esforçando ao máximo para não ficar atrás dele e de falar com ele o mínimo
possível, mas não é fácil! O que está acontecendo, o que faz com que Peter se
mantenha distante num minuto e corra para o meu lado no outro? Talvez ele seja
uma pessoa instável, como eu, e talvez amanhã tudo esteja bem outra vez!".
Anne
Frank.
Mas logo Anne percebeu que Peter não era para ela.
“Peter ainda tem pouco
caráter, pouca força de vontade, pouca coragem e força. Ainda é criança
emocionalmente, mesmo sendo mais velho do que eu. Ele só quer alegria e paz de
espírito. Eu tenho mesmo só 14 anos?” Anne Frank.
Peter van Pels não tinha irmãos. Miep Gies achava
Peter van Pels "um rapaz encorpado e bonito, de cabelos cheios e escuros,
gentil e de olhos sonhadores". Durante o tempo no esconderijo, ela quase
não tinha contato com ele: "Nunca tivemos uma conversa, apenas uma vez,
quando ele me pediu para arranjar flores para Anne."
Bertel Hess, uma prima de Hermann van Pels, lembra
que Peter era muito habilidoso: "Eu encontrei Peter muitas vezes. Ele
sempre visitava a tia Henny e o seu avô, que também haviam fugido de Osnabrück
e moravam em Amsterdã. Ele era um menino muito dócil e tímido, muito tímido.
Era muito habilidoso."
Kitty ainda era a confidente de Anne Frank e
talvez o passaporte para a vida que sonhava. Em 29/03/1944 Anne ouviu um
anúncio no rádio pedindo que os holandeses guardassem cartas e diários para
serem publicados depois da guerra. Anne então passou a ter uma meta, queria ser
escritora, e passou a revisar o seu diário.
Palavras de Melp Gies: “Uma vez, eu a
peguei enquanto escrevia no diário. Nunca vou esquecer, porque era outra Anne.”
Essa Anne não era a criança que todos conheciam. A
escritora Anne protegia sua privacidade e levava o seu trabalho a sério.
Tinha
uma lista de citações favoritas dos muitos livros que lera, escrevia contos e
também começou a escrever um romance. Mas o diário era o veículo dos seus
pensamentos mais profundos.
“Acho que no próximo século a ideia de que é dever das
mulheres ter filhos vai mudar, abrindo caminho para que todas sejam respeitadas
e admiradas, pois suportam a vida sem queixas ou muitas palavras empoladas.”
Anne Frank.
Seu diário não se limitava sobre relatos
divertidos sobre os personagens com quem sobrevivia, mas continha meditações
sobre a natureza, o papel das mulheres e a crueldade da guerra.
“As pessoas têm um impulso destrutivo. O impulso de
devastar, matar e destruir. E até que a humanidade passe por uma metamorfose,
as guerras continuarão a existir.” Anne Frank.
Como toda adolescente, Anne passava da melancolia
ao otimismo levada pelas terríveis circunstâncias ao seu redor.
“Não sei como não abandonei
todos os meus ideais. Parecem absurdos e impraticáveis. Mas me agarro a eles
porque ainda acredito, apesar de tudo que as pessoas no fundo são boas. É
impossível para mim viver sobre um alicerce de caos, sofrimento e morte.”
Anne Frank.
Para baixar o livro em PDF “O Diário
de Anne Frank” , click na imagem abaixo:
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Por: James Alex G.Pires
Fontes: Google Arts & Culture
; annefrank.org ; Livro PDF: O Diário de Anne Frank. ; revistagalileu.globo.com
; mardehistorias.wordpress.com ; Filme – O Diário de Anne Fank