No fim desta matéria você poderá baixar o livro “O
Diário de Anne Frank” em PDF. É só clicar na imagem do livro.
Palavras de Melp Gies: “Nós não sabíamos que
criança inteligente ela era. Nós não sabíamos por causa do medo de cuidar de
onze pessoas todos os dias, e principalmente do perigo.”
O perigo parecia se aproximar. Varias vezes
ladrões entraram no deposito em baixo. Era ainda mais assustador quando a
polícia chegava até a estante que ocultava o esconderijo.
Eles se encolhiam na cama enquanto os
bombardeios aliados e o fogo antiaéreo alemão iluminavam a escuridão. Mas eles
se animaram quando em 1944 a rádio anunciou a invasão do dia D. Após dois
longos anos de isolamento achavam que os aliados venceriam os nazistas a tempo,
mas Anne teve uma premonição que o pior ainda estava por vir.
“Vejo o mundo sendo lentamente
transformado num deserto. Ouço o trovão que se aproxima, e que um dia nos
destruirá também. Sinto o sofrimento de milhões, e no entanto, quando olho para
o céu, sinto que tudo vai mudar para melhor, que esta crueldade vai terminar,
que a paz e a tranquilidade mais uma vez reinarão. Enquanto isso, devo me
agarrar aos meus ideais. Talvez um dia eu seja capaz de concretizá-los.”
Anne Frank.
Em 01/08/1944 Anne escreveu pela última vez no
diário. Não conseguiria contar o resto da sua história. O que aconteceu em
seguida foi bem pior do que tudo o que ela imaginava.
Três dias após seu último registro no diário Anne
Frank e seus parentes foram traídos e presos.
É muito importante saber o que aconteceu após a
prisão. O diário termina, e a história que a tornou mundialmente famosa também
termina antes que os horrores começassem num dos lugares mais infernais da
terra.
No dia 04/08/ 1944 amanheceu lindo e ensolarado.
Anne e seus companheiros ansiavam sentir o ar fresco após dois anos escondidos.
Naqueles dias de verão o medo constante misturava-se a esperança. A invasão
aliada prosseguia na Europa, e parecia que talvez eles logo poderiam sair. Mas
sairão antes do que imaginavam... Naquela manhã alguém ligou para a polícia e
disse que judeus estavam escondidos na rua Prinsengracht.
Palavras de Melp Gies: “Não ouvi a porta abrir.
Mas vi um homem na minha frente, com uma arma. Disse, “Por favor, não fale, não
fale alto”. Pode imaginar como fiquei chocada. Não consegui dizer nada. Ele se
aproximou de mim. Chegou tão perto que senti sua respiração. Disse, “Não tem
vergonha de ajudar judeus? Deveria receber o castigo máximo. E sabe qual é”.
Os nazistas pareciam saber exatamente
aonde ir. Os homens foram direto para a estante e abriram a porta que levava ao
Anexo Secreto. Procurando objetos de valor, um deles pegou uma pasta e a virou,
derrubando papéis pelo chão.
Os Frank, os van Pels e Fritz Pfeffer foram todos
presos. Melp Gies e Ellie conseguiram escapar. Tiveram que assistir impotentes
enquanto Anne Frank e os outros foram obrigados a sair da casa, entrar num
caminhão e partir.
Até hoje ninguém sabe quem traiu a família Frank e
os amigos. Havia gente na Holanda perseguindo judeus. Iam a lojas, a cafés, e
ficavam atentos, tentando ouvir ou ver algo estranho, então a traição pode ter
vindo de muitos lados.
Melp Gies esperou até quando se sentiu
segura e então foi ao Anexo e encontrou o caos.
Palavras de Melp Gies: “Todos os jornais estavam
espalhados pelo chão. Nós vimos o diário. Eu disse, “Ellie, é o diário de Anne,
pegue-o!” E nós recolhemos tudo. Tínhamos esperança de que eles voltassem. Eu
queria ver o sorriso de Anne quando lhe devolvesse o diário. Queria ver o
sorriso daquela menina.”
Mas Anne não sorriria mais. Seus piores medos
estavam prestes a se concretizar. Os nazistas os levaram aos quartéis da
Gestapo, de lá foram para uma prisão no centro. Quatro dias após a captura,
foram colocados num trem que os levou até o campo de concentração de Westerbork
no interior da Holanda.
Anne ficou feliz em respirar ar fresco após vinte
e cinco meses de confinamento, mesmo cercada por arames farpados. Mas, os Frank
logo descobriram que Westerbork era apenas um campo provisório. Todas as terças
trens partiam para o leste.
Ninguém em Westerbork sabia ao certo o
que os aguardava lá, mas todos tinham medo. Vagões de gado partiam para destino
desconhecido. 95% das pessoas achavam que eram campos de trabalho, mas eram
campos de extermínio.
Às 6:00 hs da manhã do dia 03/09/1944, após menos
de um mês em Westerbork a família Frank esteve entre os milhares dos vagões de
gado que os levaram para Auschwitz. O trem foi o último que saiu de Westerbork
rumo ao campo de extermínio.
Depois de dois dias nos vagões sem lugar para
sentar ou dormir, sem ar, sem comida e sem banheiro, muitos passageiros
entraram em choque.
Quando a família chegou a Auschwitz não tinha
ideia de onde estava. Em Auschwitz os prisioneiros foram divididos. Os velhos
os doentes e as crianças foram imediatamente para as câmaras de gás. Anne
escapou a este destino, pois parecia um pouco mais velha.
Até então os Frank tinha tido sorte; pelo menos
estavam juntos, mas tudo estava prestes a mudar.
Enquanto a multidão descia do trem Otto Frak foi
arrancado dos braços da família. Anne, Margot e a mãe o viram pela última vez
enquanto eram empurradas para o alojamento feminino. Enquanto tremiam de dor e
medo, oficiais alemães mandaram que tirassem as roupas e rasparam seus pelos e
cabelos. Anne perdeu os longos cabelos pretos de que tanto se orgulhava e seu
vestido leve de algodão logo ficou infestado de insetos, mas pelo menos Anne,
Margot e sua mãe tinham umas as outras.
Naquelas condições dramáticas o atrito entre mãe e
filha desapareceu. Tudo o que importava era sobreviverem juntas.
Mas chegou o
dia em que Anne e Margot foram separadas da mãe. Devido o avanço do exército
vermelho, os alemães tinham pressa de desativar Auschwitz e esconder as provas
dos seus crimes. Em 28/10, 1944, Margot e Anne viram a mãe pela última vez
quanto foram colocadas num trem para irem para um outro campo de concentração: Bergen-Belsen.
Para baixar o livro em PDF “O Diário
de Anne Frank” , click na imagem abaixo:
Por: James Alex G.Pires
Fontes: Google Arts & Culture
; annefrank.org ; Livro PDF: O Diário de Anne Frank. ; revistagalileu.globo.com
; mardehistorias.wordpress.com ; Filme – O Diário de Anne Fank